Resumo -O objetivo deste trabalho foi caracterizar as variáveis fisiológicas e produtivas da videira 'Niágara Rosada' (Vitis labrusca) nos sistemas de condução em espaldeira e em Y, nos dois primeiros anos de produção. Nos ciclos produtivos de 2014 e 2015, avaliaram-se os seguintes parâmetros: índice de área foliar, fotossíntese, transpiração, condutância estomática, área de superfície foliar, variáveis de produção e qualidade do fruto. No primeiro ano de produção, houve diferenças entre os sistemas de condução quanto às variáveis ecofisiológicas influenciadas pela área de superfície foliar dos dosséis. No segundo ano de produção, não houve diferenças entre as variáveis ecofisiológicas. O número de cachos por área de superfície foliar, a massa do cacho, o número de bagas por cacho e a produção por planta não apresentaram diferenças entre os sistemas de condução. Videiras do primeiro e do segundo ano de produção não apresentaram diferenças entre os sistemas de condução, quanto às relações entre área de superfície foliar e produção; porém, a produtividade foi superior no sistema em espaldeira, em função do maior número de plantas por hectare. Frutos produzidos no sistema em Y apresentaram maior quantidade de pigmentos, como antocianinas e flavonóis, do que aqueles no sistema em espaldeira, com a mesma a quantidade de sólidos solúveis totais.Termos para indexação: Vitis labrusca, área de superfície foliar, fenologia, índice de área foliar, trocas gasosas.
Physiology and production of 'Niagara Rosada' grapevine in vertical shoot positioning and in Y-shaped training systemsAbstract -The objective of this work was to characterize the physiological and productive variables of 'Niagara Rosada' vine (Vitis labrusca) trained in vertical shoot positioning (VSP) and in Y-shaped systems, in the first two years of production. In the 2014 and 2015 growing seasons, the following parameters were evaluated: leaf area index, photosynthesis, transpiration, stomatal conductance, leaf surface area, production variables, and fruit quality. In the first year of production, there were differences between the training systems for the ecophysiological variables affected by the leaf surface area of the canopies. In the second year of production, there were no differences between the ecophysiological variables. The number of clusters per leaf surface area, cluster mass, number of berries per cluster, and production per plant showed no differences between the training systems. Vines in the first and second years of production showed no differences between the two training systems for the relationships between leaf surface area and production; however, yield was higher in the VSP system because of the greater number of plants per hectare. Fruit produced in the Y-shaped system showed a greater amount of pigments, such as anthocyanins and flavonols, than those in the VSP system, with the same amount of total soluble solids.