RESUMOutilização de Pichia pastoris para a produção de proteínas recombinantes apresenta inúmeras vantagens que esse sistema agrega, destacando-se a exportação das moléculas para o meio extracelular. Isto permite que a obtenção das proteínas possa ser realizada por métodos de precipitação, com uso de sais neutros ou solventes orgânicos, sem trazer prejuízos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de sulfato de amônio, acetona e metanol para obtenção da proteína recombinante Bm86 do carrapato Rhipicephalus microplus expressa por P. pastoris. A ação provocada pelos solventes orgânicos ocasionou uma solubilidade parcial das proteínas. Na quantificação por densitometria da proteína rBm86-CG, verificou-se que utilizando acetona (1:2) foi obtido 30,3 mg/L, metanol (1:2) 60,5 mg/L e com sulfato de amônio a 70% (83,5 mg/L). A manutenção das características antigênicas após a precipitação foi verificada pela técnica de Western Blot, sendo que a proteína rBm86-CG obtida pelos três métodos foi reconhecida por anticorpos específicos. Os resultados sugerem que a precipitação com sais neutros e solventes orgânicos pode ser utilizada para obtenção de proteínas recombinantes como a rBm86-CG, sem trazer prejuízos a sua antigenicidade.Palavras-chave: Pichia pastoris. Sais neutros. Solventes orgânicos. Antigenicidade.A