RESUMO: Pesquisas realizadas pelo Fonaprace apontam índices elevados de adoecimento da comunidade estudantil, resultando no debate e no investimento em programas e ações voltadas para a saúde mental do estudante universitário. Somado a isso, em 2020, o Brasil se deparou com a conjuntura imposta pela pandemia da Covid-19, ocasionando impacto negativo na saúde mental. Este estudo, de caráter documental, buscou identificar e analisar as intervenções em saúde mental da Ufal, direcionadas para o corpo estudantil. Para tanto, foi realizado mapeamento dos serviços e as ações em saúde mental, no site e redes sociais da universidade, voltadas especificamente para o corpo discente, compreendidas no período de 2010 até 2020. Elegeram-se como corpus analítico os Relatórios de Gestão Institucional e as informações/notícias disponíveis. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2020 a abril de 2021, utilizando os descritores “saúde mental”, “sofrimento psíquico”, “adoecimento psíquico” e “qualidade de vida”. A análise dos documentos, realizada por meio da Análise de Conteúdo, permitiu a emergência de duas categorias que expressaram os resultados da pesquisa: “assistência à saúde mental” na Ufal: da política de permanência à permanência de ações” e “articular junto...”: intersetorialidade “[...]um caminho a percorrer”. As intervenções em saúde mental realizadas na Ufal são recentes, ainda escassas e foram impulsionadas pelas políticas de democratização, sugerindo serem desenvolvidas, em sua maioria, pelo setor de assistência estudantil, numa perspectiva de prevenção. Desafios se apresentam quanto à interdisciplinaridade e à intersetorialidade, uma vez que as ações apresentaram-se fragmentadas e com pouca articulação institucional.