“…Os estudiosos do tema entendem que os objetivos dos pais em relação ao processo de socialização dos filhos a médio e longo prazos, bem como suas avaliações do comportamento infantil, são influenciados culturalmente (Otto & Keller, 2016;Tamm, Kasearu, Tulviste, & Trommsdorff, 2016). Assim é que, no que concerne às necessidades humanas de autonomia e relação interpessoal (Kağitçibaşi, 2007), há culturas em que os pais tendem a desejar que seus filhos atinjam elevado grau de autonomia, enquanto em outras, predominam metas de desenvolvimento marcadas pela forte interdependência e ligação ao grupo social e aos demais indivíduos que o constituem (Keller, 2016;Keller & Kärtner, 2013). Um sistema de crenças parentais mais individualista, de acordo com Leyendecker et al (2002), se relaciona a uma valorização maior da independência e autonomia na criança, refletida, no estudo que empreenderam, em uma maior frequência de respostas nas categorias definidas pelos autores como autoaperfeiçoamento e autocontrole.…”