Para Lévinas (2010), esse primum factum ontológico heideggeriano não é o ponto de partida mais anterior para a discussão da Ética e da Filosofia, porquanto há algo mais elementar e primigênio. O existente da existência é capaz de se cansar, de se fastidiar, de espreguiçar, etc., como forma de resistência à inevitabilidade da existência como "Se é" e "Há" e, consequentemente, como forma de resistência à luminosidade ativa do ser.A preguiça seria como um abandonar-se sem culpa ontológica ao nada de ser. Essa resistência, na forma de abandono, faz emergir um existente que não se resume à luminosidade performática do ser, mas que lhe opõe resistência. A preguiça aponta para TraHs N°4 | 2018 : Éthique et santé https://www.unilim.fr/trahs -