IntroduçãoFormular políticas públicas é uma constante da atividade governamental. Contudo, o conteú-do dessas políticas pode variar bastante. Quando escolhas devem ser feitas, decisões tomadas e áreas priorizadas, o foco passa a ser a base do julgamento sobre quais políticas devem ser formuladas e quais devem ser interrompidas ou reformuladas. Esse é o raciocínio por trás do que ficou conhecido como "políticas baseadas em evidências" (evidence-based policy-making) (Gertler et al., 2011).Num contexto de limitação da capacidade de intervenção do Estado, tanto por razões orçamen-tárias quanto por razões relacionadas com os custos de mobilização de informação e tomada de decisão, torna-se importante estabelecer critérios que orientem as escolhas de políticas públicas. Contudo, esses parâmetros podem ser muitos. Adotando uma perspectiva racionalista do processo de formulação de políticas, uma das formas de realizar tais escolhas é por meio de resultados de avaliação.2 Para essa perspectiva o processo das políticas públicas pode ser visto como um ciclo, organizado em estágios compostos pela formação da agenda, formulação da política, tomada de decisão, implementação e avaliação (Anderson, 1974).3 Esse último estágio é considerado o momento de renovação do ciclo. Com base nos resultados da avaliação das políticas, subsídios são