INTRODUÇÃOA complexidade crescente das configurações urbanas e regionais tem colocado diversos desafios para acadêmicos e gestor es. Tanto os modelos explicativ os como os pr ocessos de gestão das questões ligadas ao planejamento urbano e r egional já não dão conta dessa complexidade. Ao mesmo tempo, os pr ocessos de democratização e ampliação dos canais de representação criaram demandas de maior par ticipação dos cidadãos nos pr ocessos de tomada de decisão. A rica experiência brasileira de planejamento participativo e ampliação das esferas democráticas em div ersas áreas, tais como comitê de bacias, saúde, meio ambiente e bairros, tem sido examinada pela comunidade acadêmica (A bers & Keck, 2009;Acselrad, 1999;Brasil, 2004;Coelho, 2006;Gurza Lavalle et al, 2007). Nesse contexto, há a necessidade de se buscar no vos instrumentos para coleta e tratamento de dados com o intuito de informar os modelos teóricos e subsidiar o pr ocesso de tomada de decisão . Os mapeamentos participativos constituem um instrumento poderoso nessa direção.Mapeamentos participativos são representações gráficas de dados e atributos selecionados, que seguem padrões e conv enções científicas, técnicas e ar tísticas. O desenv olvimento de Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou GIS) contribuiu para a introdução de elementos cartográficos, tais como referência geográfica/espacial e escala nos mapas, e a incorporação de abordagens de particular interesse para trabalhos acadêmicos, como os estudos urbanos e r egionais. Nos mapeamentos participativos, a produção em si do mapa, incluindo diversas etapas -tais como a definição e concepção do conteúdo substantivo a ser mapeado, coleta de dados e informações, organização e tratamento da informa-