As Doenças Cardiovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte, com impacto significativo nos sistemas de saúde. Além de ser uma questão de saúde pública, o próprio tratamento em muitas das vezes é invasivo e gera impacto sobre os sistemas do paciente além do cardiovascular, de forma que muitos precisam passar pela cirurgia, onde eles são submetidos a ventilação mecânica, a avaliação dessa assistência durante o teste de respiração espontânea, parte fundamental do desmame, pode auxiliar na redução do tempo de VM, e consequente aumentar a taxa de sobrevida. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo avaliar o nível de assistência ventilatória, utilizando medidas de variáveis não invasivas, durante o teste de respiração espontânea em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método: Estudo transversal, prospectivo, observacional que comparou os parâmetros de P0,1, Pmus, DeltaPocc e Drive Pressure Transpulmonar nos momentos de 15 e 30 minutos do TRE de pacientes em PO de cirurgia cardíaca. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo masculino e acima de 60 anos. A revascularização do miocárdio foi a cirurgia predominante. Os valores médios de P0,1 (p= 0,425), ΔPocc (p= 0,317), Pmus (p= 0,376) e DP transpulmonar (p= 0,197), foram semelhantes nos dois momentos estudados. Os valores de P0,1, ΔPocc, Pmus estavam abaixo da normalidade, sugerindo superassistência e DP transpulmonar dentro da normalidade. Apesar disso, todos os pacientes tiveram sucesso na extubação. Conclusão: A pesquisa destaca a importância de avaliar cuidadosamente a assistência ventilatória em pacientes pós-cirúrgicos cardíacos, considerando a possibilidade de superassistência. São necessários estudos adicionais para entender melhor os parâmetros ideais nesse cenário, explorando pressões mais baixas ou até mesmo a ausência delas.