2009
DOI: 10.5216/ia.v34i2.8504
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Qual O Tratamento Para O Sujeito Autista?

Abstract: Para se construir, o autista, que recusa introduzir-se na alienação, é confrontado com uma dificuldade que pertence apenas à sua estrutura subjetiva: como tratar o gozo do vivo quando não se dispõe deste aparelho para mortificá-lo que o significante constitui? A esse respeito, os raros testemunhos de autistas de alto funcionamento que se engajaram no tratamento individual nos ensinam muito: eles podem ser encarados como um tipo de laboratório de estudo do seu funcionamento subjetivo. Sabe-se que a opinião domi… Show more

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“…A análise das autobiografias escritas por autistas em mutismo nos permite corroborar com as afirmações do psicanalista Maleval (2009) acerca da originalidade dessa escrita, destacando especialmente a viabilidade destes autistas se comunicarem por escrito, em contraposição à impossibilidade de se expressarem pela fala. Lucy desemboca em algumas conclusões em consonância com os relatos de outros autistas que realçam que a linguagem escrita pode ser a língua materna -o tesouro dos significantes da humanidade que pode ser adquirido e transmitido pela escrita, mas não pela fala.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…A análise das autobiografias escritas por autistas em mutismo nos permite corroborar com as afirmações do psicanalista Maleval (2009) acerca da originalidade dessa escrita, destacando especialmente a viabilidade destes autistas se comunicarem por escrito, em contraposição à impossibilidade de se expressarem pela fala. Lucy desemboca em algumas conclusões em consonância com os relatos de outros autistas que realçam que a linguagem escrita pode ser a língua materna -o tesouro dos significantes da humanidade que pode ser adquirido e transmitido pela escrita, mas não pela fala.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Nesse mesmo sentido, Bernardino afirma que "no autismo o encontro com o Outro primordial não se dá, no sentido de que a criança não estabelece um laço com esse agente encarregado de encarnar, para ela, a função de introduzi-la no campo da linguagem" (Bernardino, 2015, p. 505). Enquanto Bernardino deriva dessa peculiar modalidade de relacionamento com a linguagem, "a não inscrição do significante" (p. 505) no autismo, o psicanalista Maleval (2009) irá abarcar a viabilidade de uma não incorporação do significante primordial, pelo viés de uma modalidade de assimilação que permite o acesso ao campo do significante. Esta relação peculiar do autista à linguagem, segundo Maleval (2007), explica a evasiva da enunciação em decorrência da retenção do objeto pulsional voz, que não é colocado no campo do Outro, e que pode elucidar as manifestações de Lucy -o mutismo, a explosão esporádica de expressões marcadas por angústia e cuja emissão é vivida como uma mutilação, a presença de uma voz íntima, a distinção marcante entre escrita e oral.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…Maleval (2009a), de fato, segue esse raciocínio ao discernir três fases progressivas na relação do autista com o espelho, sem que seja possível falarmos de um estágio do espelho propriamente dito. O autor estabelece uma associação entre o duplo e o objeto autístico, que consideramos extremamente pertinente (apesar de implicar uma ideia de sucessão que deve ser interrogada), apoiando-se, para isso, no autorelato de Donna Williams.…”
Section: Considerações Finaisunclassified