Introdução: A sífilis congênita é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum com transmissão via gestacional, a qual apresenta impacto significativo na saúde do feto. Apesar da prevenção a essa doença durante a gravidez ser segura e o tratamento eficaz, sua incidência tem se mantido alta em diversos países, com destaque para o Brasil, o que torna a sífilis congênita um grave problema de saúde pública de nível global que necessita de estudos. Objetivo: Analisar os protocolos para o tratamento da sífilis congênita do Brasil e dos Estados Unidos a fim de identificar possíveis pontos que justifiquem o crescimento da taxa de incidência dessa doença em diferentes países que possuem áreas territoriais, taxas de desenvolvimento e economias distintas. Método: Trata-se de uma revisão de escopo realizada a partir de pesquisa na base de dados PubMed, referentes ao período de 2013 a 2023. Resultados: Um dos principais fatores responsáveis pela diferença das taxas de sífilis congênita em cada país são as diferenças econômicas e territoriais. Além disso, a oferta de rastreio para sífilis durante a gestação não é homogênea em todo o território dos países analisados e possuem diferenças na forma de acesso de cada grupo social dentro de um mesmo país. Conclusão: os protocolos dos dois países analisados são adequados e a problemática maior está no acesso adequado às informações e rastreio durante o pré-natal, ao tratamento durante a gravidez, tanto da gestante quanto do parceiro, e após o parto.