A criança com microcefalia necessita de atenção especial devido as limitações funcionais. Comumente a mãe, passa a ser cuidadora principal, dedicando-se integralmente ao filho, o que contribui para sobrecarga física e emocional oriundos do cuidar. Objetivou-se analisar a sobrecarga e qualidade de vida de cuidadores de crianças com microcefalia associada ao Zika Vírus. Pesquisa transversal com 30 pais de crianças com microcefalia usuárias de um centro de referência em reabilitação na Paraíba. Utilizou-se o WHOQOL-bref e a Escala de Burden Interciew de Zarit, para análise da qualidade de vida e a sobrecarga dos cuidadores, respectivamente. A estatística descritiva e análise de variância, (p≤0,05) foram utilizadas na análise dos dados. Houve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 2.727.839. Participaram 30 mães com média de idade entre 28,63 anos, a maioria solteira (74,0%), sem atividades laborais remuneradas e renda familiar de até um salário mínimo (76,6%). A qualidade de vida da amostra mostrou-se com menor índice de satisfação para domínios físico (59,76%) e meio ambiente (47,81%). Observou-se que 77,0% evidenciou sobrecarga moderada. Conclui-se que cuidadoras de crianças com microcefalia apresentam sobrecarga e qualidade de vida comprometida, tornando necessária uma atenção a esse público pelos serviços de saúde. Descritores: Cuidadores; Pais; Qualidade de vida.