A enfermagem desempenha um papel importante no combate a Covid-19, pois os profissionais passam a maior parte do tempo auxiliando nos cuidados aos pacientes, o que aumenta a suscetibilidade à infecção pelo vírus. Nesse cenário, são incluídos os acadêmicos de enfermagem, do último ano do curso, que estão atuando na linha de frente a Covid-19. Objetivou-se avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 na saúde menta dos acadêmicos de enfermagem durante o estágio curricular. O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa de campo, exploratória, de abordagem qualitativa. Os participantes da pesquisa foram os acadêmicos matriculados em disciplinas de estágios supervisionado I e II, regularmente matriculados no curso de Enfermagem da referida instituição. Dos 50 acadêmicos entrevistados 31 eram do sexo feminino e 19 do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 26 anos, sendo que 32 dos indivíduos residem com familiares durante a pandemia, destes 44% apresentaram sintomas normais para ansiedade, 58% para depressão e 54% para estresse. Quanto à qualidade de vida houve prejuízo nos domínios físico 24%, psicológico 24%, social, 44% e ambiental 58%. Mulheres apresentaram níveis significativamente maiores de estresse e ansiedade (Média=9,26; DP± 4,865). Os indivíduos que residem sozinhos apresentaram índices inferiores para qualidade de vida física (Média=3,440; DP±0,939) e ambiental (Média=3,380; DP±0,998), (Média=13,42; DP±7,562). Houve associação estatisticamente significativa entre a variável idade com depressão (p-value=0,05), tendo maior predominância de sintomas depressivos nos indivíduos com recorte etário de 27 a 33 anos (Média=11,64; DP±9,266), foi identificado que houve associação significativa entre as variáveis idade e qualidade de vida ambiental (p-value=0,05), evidenciando menores índices nos indivíduos com recorte etário de 26 a 33 anos, apontando maior prejuízo para qualidade de vida destes indivíduos (Media=3,720; DP±0,715). Embora a avaliação dos níveis de ansiedade, depressão e estresse terem variado entre normal e leve. Observou-se associação significativa entre a variável idade com depressão, tendo maior prevalência para os acadêmicos com corte etário de 27 a 33 anos.