Contexto: A gestação ocasiona diversas mudanças fisiológicas, anatômicas, hormonais e psicológicas na mulher. As modificações gravídicas podem repercutir no sono da gestante, diminuindo sua qualidade e duração. Objetivo: Este estudo tem como objetivo verificar a prevalência de alteração do sono em gestantes e os fatores associados. Métodos: Estudo epidemiológico, transversal e analítico realizado com gestantes cadastradas nas Equipes da Estratégia de Saúde Da Família da zona urbana do município de Montes Claros no ano de 2018. A amostra, probabilística, foi calculada em 1.180 gestantes. Os dados foram coletados a partir de um questionário contendo as informações de interesse com posterior análise das variáveis. Resultados: Verificou-se que 87,5% das participantes apresentavam alterações do sono durante a gestação. O aumento do sono foi relatado por 50,5%, a diminuição por 21,8% e 15,1% ambos. O apoio social (p= 0,032), a qualidade de vida (p< 0,001), o estresse (p= 0,009) e os sintomas de depressão (p= 0,005) associaram-se individualmente com a alteração de sono e a qualidade de vida se manteve associada após ajuste (RP ajustada: 0,482, IC95% 0,482; p=<0,001). Conclusão: É elevada a alteração de sono entre as gestantes, sendo associada ao apoio social, à qualidade de vida, ao estresse e à depressão.