Dentre os produtos lácteos amplamente consumidos pela população brasileira, a ricota tem recebido atenção crescente nos últimos anos, por ser uma fonte proteica, com baixo teor de gordura, sabor suave e textura agradável ao paladar. Porém, este produto apresenta características que propiciam a proliferação de micro-organismos patogênicos causadores de doenças transmitidas por alimentos. Portanto, objetivou-se através deste estudo, avaliar a qualidade microbiológica de ricotas comercializadas no território brasileiro. Tratou-se de uma revisão narrativa de literatura, com busca ativa de referências nas plataformas Scielo e Lilacs, utilizando descritores relacionados à microbiologia dos alimentos. No que concerne a qualidade nutricional, a ricota possui vários nutrientes benéficos para a saúde humana, como a lactoalbumina e lactoglobulina, que são proteínas essenciais para a saúde imunológica. Entretanto, a maioria dos resultados encontrados sobre a análise microbiológica de ricotas comercializadas em diferentes regiões do Brasil, se mostraram impróprias para o consumo, por apresentarem coliformes, bolores, leveduras e o patógeno Listeria monocytogenes, tido como um grande causador de intoxicação alimentar e outros agravos à saúde. Portanto, pode-se concluir, que apesar do sistema de fiscalização sanitária ser eficaz em alguns aspectos, existem pontos a serem melhorados, principalmente na fiscalização das etapas de manuseio e armazenamento da ricota, a fim de garantir a qualidade do produto e a segurança do consumidor final.