A pesquisa analisa as relações diretas e indiretas dos principais componentes das Smart Cities: as tecnologias inteligentes, a governança fiscal da gestão pública e os indicadores educacionais. A análise foi desenvolvida com modelagem de equações estruturais a partir dos dados de 94 Smart Cities brasileiras. Os resultados estatísticos indicam que a existência ou disponibilidade de tecnologias inteligentes não influencia diretamente em melhores indicadores educacionais, entretanto resulta em melhor governança fiscal e esta sim em melhores indicadores educacionais dos cidadãos. Indiretamente, os coeficientes estatísticos confirmam que a relação entre tecnologias inteligentes e os indicadores educacionais é mediada pela governança fiscal. Diante disso, constata-se que a necessidade de investimento em disponibilidade de tecnologias para a educação precisa ser acompanhada de investimentos para o efetivo emprego dessas tecnologias, como a disponibilidade de tutores, facilitação do acesso à internet e cessão de computadores, resultando consequentemente em maior capacidade de contribuir para o desenvolvimento dos seus cidadãos.