O presente artigo examina como o capítulo “O Rio Grande e o Prata: Contrastes”, do livro Capitania d’El-Rei do historiador e político Moysés Vellinho, representa historiograficamente a Farroupilha. Para isso, examino, por um lado, como a fonte se articula com a historiografia da sua época e, por outro lado, como a fonte articula a historiografia e as questões políticas e de identidade. Para dar conta do objetivo, a metodologia utilizada para analisar a fonte é a operação historiográfica de Michel de Certeau. A hipótese que norteia o artigo diz respeito a nacionalização da história regional no período de 1940 a 1960. Por fim, constato que a fonte/obra analisada foi um objeto tanto de luta política como de uma escrita da história em que a Farroupilha é o ápice da brasilidade da identidade do sul-rio-grandense.