FR. Alors que les journalistes militants ont été un rouage essentiel à la construction de l’environnement comme problème public en Chine, les jeunes journalistes cherchent au cours des années 2000 à se distinguer de leurs aînés en se faisant reconnaitre par la mise en avant d’un professionnalisme et d’une expertise indépendante et objective. Pourtant ce discours entre en contradiction avec leur aspiration à l’engagement. Ils continuent à jouer, dans les limites de ce que permet la censure, un rôle engagé et critique, même si la nature et la forme de leur engagement ont changé et qu’il s’accompagne d’investigations et d’analyses plus approfondies. Ce désir d’engagement devient en revanche difficile à assumer lorsqu’ils sont en situation de réflexivité. Il se heurte à la fois à l’influence du modèle du journalisme à l’américaine et à la volonté de se forger une identité nouvelle fondée sur des valeurs qui les tiennent loin de l’image de militant de leurs aînés dont l’impartialité et les compétences ont publiquement été remises en cause par des scientifiques pro-barrages dans les années 2000. Dans le sillage des réflexions menées sur la subjectivité journalistique par Cyril Lemieux, cet article prend au sérieux les contradictions qui existent au niveau de l’individu. Ce faisant, il entend apporter un nouvel éclairage sur les mécanismes d’évolution du rôle des journalistes dans la construction des problèmes publics. Il cherche à rendre compte du rapport complexe qu’ils entretiennent à leur mission ainsi que des difficultés qu’ils ont à accorder leurs différentes aspirations et à faire concorder discours de légitimation et pratique. Il montre que le flou d’un continuum entre journalistes, militants et internautes est à l’origine d’une crise de légitimité qui participe à la transformation de la rhétorique journalistique. Cherchant à s’éloigner des contraintes que représente pour eux le politique, ils s’engagent en fait dans un processus de requalification des rapports entre journalisme et politique qui affecte leur manière de penser et de mettre en œuvre leur mission et leur implication dans la construction des problèmes publics. L’analyse se base sur des entretiens semi-directifs avec des journalistes chinois couvrant le domaine environnemental ainsi que des observations participantes dans une association environnementale pékinoise dont l’objectif principal est la formation des journalistes de l’environnement. Elle se nourrit également d’un corpus d’articles de journaux, de sites internet, forums et réseaux sociaux.
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EN. While activist journalists have been an essential cog in framing environmental issues as a public concern in China, young journalists in the 2000’s seek to distance themselves from their predecessors by emphasizing higher levels of professionalism as well as an independent and objective expertise. Yet this discourse contradicts with their aspiration of activism. They continue to play, within the limits of what censorship allows, an engaged and critical role, even if the nature and form of their involvement has changed and is accompanied by more in-depth investigation and analysis. The will to engage, however, becomes difficult to sustain when they are in a reflexive situation. It collides with both the influence of the American-style journalism models and the aspiration to build a new identity based on values that keep them away from the militant image of their predecessors, whose impartiality and competence were publicly questioned by pro-dam scientists in the 2000s. In line with Cyril Lemieux's work on journalistic subjectivity, this article considers contradictions present at the individual level. In doing so, it aims at casting a new light on the mechanisms underlying the evolution of the role of journalists in the construction of public problems. It attempts at exposing the complex relationship journalists have with their mission, as well as the difficulties they have in harmonizing different aspirations and in reconciling discourse of legitimization with practice. It demonstrates that the blurring of a continuum between journalists, activists and internet users is at the origin of a crisis of legitimacy that participates in the transformation of journalistic rhetoric. Seeking to distance themselves from the constraints posed by politics, they are in fact engaging in a process of re-qualification of the relationship between journalism and politics that affects how they think and implement their mission and their involvement in the construction of public problems. The study is based on semi-structured interviews with Chinese journalists working on environmental issues, as well as participant observation in a Beijing environmental association whose main purpose is the training of environmental journalists. It also draws on a corpus of newspaper articles, websites, forums and social networks.
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PT. Embora os jornalistas militantes tenham sido uma engrenagem essencial na construção do meio ambiente como uma questão pública na China, os jovens jornalistas nos anos 2000 procuravam se distinguir dos profissionais mais velhos promovendo o profissionalismo e a experiência independente e objetiva. Entretanto, este discurso contradiz suas aspirações de engajamento. Eles continuam a desempenhar, dentro dos limites do que a censura permite, um papel engajado e crítico, mesmo que a natureza e a forma de seu engajamento tenha mudado e venha acompanhada de investigações e análises mais profundas. No entanto, este desejo de engajamento torna-se difícil de assumir quando eles estão em uma situação de reflexividade. Ela esbarra tanto na influência do modelo jornalístico de estilo estadunidense quanto no desejo de forjar uma nova identidade baseada em valores que os mantêm longe da imagem militante dos colegas mais velhos, cuja imparcialidade e competência foram publicamente questionadas pelos cientistas pró-damas nos anos 2000. Na esteira das reflexões de Cyril Lemieux sobre a subjetividade jornalística, este artigo leva a sério as contradições que existem em nível individual. Ao fazer isso, pretende lançar luz sobre os mecanismos de evolução do papel dos jornalistas na construção dos problemas públicos. O trabalho procura dar conta da complexa relação que esses profissionais têm com sua missão, bem como das dificuldades que eles têm em conciliar suas diferentes aspirações e em conciliar a legitimação do discurso e da prática. Mostra que a indefinição de um continuum entre jornalistas, ativistas e internautas está na origem de uma crise de legitimidade que participa da transformação da retórica jornalística. Procurando distanciar-se das restrições que a política representa para eles, esses jornalistas estão de fato engajados em um processo de requalificação da relação entre jornalismo e política que afeta sua forma de pensar e implementar sua missão e seu envolvimento na construção dos problemas públicos. A análise é baseada em entrevistas semi-estruturadas com jornalistas chineses cobrindo o campo ambiental, bem como observações dos participantes em uma associação ambiental de Pequim, cujo objetivo principal é a formação de jornalistas ambientais. Ela também se baseia em um corpus de artigos de jornais, sites, fóruns e redes sociais.
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