Quando ruptura é convenção: O programa Gordo a Go-Go como espaço de experiência do talk show

Abstract

O artigo sintetiza reflexões sobre o talk show
 brasileiro a partir de como a MTV Brasil
 consolidou um modo de reprodução do gênero
 com o programa “Gordo a Go-Go”, exibido
 entre 2000 e 2005. O desafio metodológico
 foi empreender uma análise que considere,
 de modo articulado, materialidades do
 programa, seus contextos específicos e
 discursos que circularam na imprensa de
 modo a rastrear definições e atritos que nos
 ajudem a compreender a história do talk
 show no país. Baseado na premissa de que o
 gênero televisivo é uma construção cultural
 que se constitui pelo permanente processo de
 continuidades e descontinuidades, o estudo
 demonstra como rupturas de marcas de gênero
 são dimensões de disputa por convenções.

Morte, telejornalismo e transformações culturais

“…Mittell (2001) já apontava que a análise de um texto midiático é perpassada pelo processo cultural que o envolve. Gutmann (2014) Para Gomes (2007), os programas telejornalísticos são uma variação específica na grade televisiva e compõem um gênero, que são programas jornalísticos televisivos. Eles são perpassados por normas do campo jornalístico e do campo televisivo.…”

Telejornalismo, cultura e mortes do meio político: apontamentos sobre transformações do Jornal Nacional

“…Mittell (2001) já apontava que a análise de um texto midiático é perpassada pelo processo cultural que o envolve. Gutmann (2014) assinala que os gêneros funcionam em torno de um cenário de disputa, possuindo continuidades e rupturas. Desse modo, o contexto cultural não pode ser dissociado de um olhar analítico sobre os programas telejornalísticos, dentre eles, o telejornal.…”

Feminicídios no telejornalismo: demarcações sobre as transformações e ressignificações do Jornal Nacional

“…A observação das coberturas dos três casos também permitiu a identificação de continuidades e rupturas no subgênero telejornal (GUTMANN, 2014). As continuidades podem ser verificadas numa certa espetacularização das coberturas do JN, com destaque às emoções das pessoas envolvidas nos crimes.…”