RESUMOIntrodução: As doenças cardiovasculares e pulmonares estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade de indivíduos com lesão medular (LM). O treinamento físico pode ser uma alternativa terapêutica para prevenir ou amenizar complicações cardiopulmonares nessa população. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento com canoagem adaptada, constituído por exercícios combinados (aeróbicos e de força), sobre variabilidade da frequência cardíaca (VFC), função pulmonar e força muscular respiratória de pessoas paraplégicas em decorrência da LM. Métodos: Participaram do estudo seis paraplégicos, cinco homens e uma mulher, média de idade de 31,50 ± 7,68 anos e índice de massa corporal médio de 24,00 ± 1,13 kg/m², nível de lesão de T4 a T9, que realizaram treinamento com canoagem adaptada por três meses. Os indivíduos foram avaliados por VFC, espirometria e manovacuometria antes e depois do treinamento. Resultados: Após o treinamento houve aumento não significativo de RR (12,7%), SDNN (24,3%), rMSSD (50,0%), pNN50 (478,6%), LF (ms²) (53,3%), HF (ms²) (158,8%), SD1 (50,6%), SD2 (23,2%) e SampEn (20,2%). Os índices HF (u.n) e LF/HF tiveram redução não significativa de 5,7 e 7,0%, respectivamente. Os maiores ganhos respiratórios foram para VVM (9,7%), Pi máx (8,5%) e Pe máx (11,0%), porém, não foram significativos. Conclusão: O protocolo proposto de três meses de canoagem adaptada não foi capaz de promover efeitos significativos sobre os parâmetros cardiopulmonares avaliados em indivíduos paraplégicos pós-LM, porém se observa uma tendência de melhora da maioria desses parâmetros. Nesse sentido, provavelmente, o estímulo de treinamento foi insuficiente.Descritores: paraplegia; esportes para pessoas com deficiência; sistema nervoso autônomo; testes de função respiratória. SDNN (24.3%), rMSSD (50.0%), pNN50 (478.6%), LF (ms²) (53.3%), HF (ms²) (158.8%) SD1 (50.6%), SD2 (23.2%) and SampEn (20.2%). The HF indices (un) and LF/HF showed no significant decrease of 5.7 and 7.0%, respectively. The highest breathing gains were for MVV (9.7%), MIP (8.5%) and MEP (11.0%), being however not significant. Conclusion: The proposed protocol of three months of adapted canoeing failed to promote significant effects on cardiopulmonary parameters evaluated in paraplegic subjects after SCI, but we observe the trend of improvement in most of these parameters. In this sense, probably the training stimulus was insufficient.
ABSTRACT
Introduction: Cardiovascular and pulmonary diseases are among the leading causes of morbidity and mortality in individuals with spinal cord injury (SCI