Objetivo. Estabelecer a prevalência da síndrome de Pusher (SP) em pacientes após acidente vascular cerebral (AVC) a partir da Scale for Contraversive Pushing (SCP - avaliação do sintoma de empurrar) e correlacioná-la com anormalidades do exame neurológico, gravidade do AVC e funcionalidade. Método. Estudo transversal com amostra de conveniência, diagnóstico de AVC agudo, clinicamente estáveis e com possibilidade de avaliação da severidade do evento através da escala National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) e do Índice de Barthel (IB). Para o diagnóstico da SP, utilizou-se dois critérios de pontuação, com diferentes pontos de corte, na SPC: resultado maior ou igual a um (critério I) ou maior que zero (critério II). Resultados. 30 foram incluídos no estudo. As médias do NIHSS e do IB foram de 8,5 e 48,8 pontos, respectivamente. A presença de SP associou-se significativamente a valores mais baixos no IB quando se utilizou o critério II (22,5±8,5 versus 58,4±27,3; P<0,001). Conclusão. A prevalência da SP em paciente pós-AVC agudo é significativa e pode variar de acordo com os critérios utilizados. Sua presença associa-se a parâmetros clínicos de maior gravidade e dependência funcional, maior incidência do evento em AVC isquêmico, lobo parietal e artéria cerebral média.