O número de refugiados no Brasil tem se intensificado nos últimos anos. Apesar disso, a ciência psicológica no Brasil ainda tem se dedicado pouco à temática. Buscando contribuir nesse âmbito, o presente estudo teve como objetivo investigar a relação entre adaptação psicológica e sentido de vida de refugiados no Brasil. Participaram do estudo 42 refugiados ou solicitantes de refúgio, de diferentes nacionalidades, que responderam o Questionário de Sentido de Vida com as dimensões de busca de sentido (α = 0,88) e presença de sentido (α = 0,79), a Escala de Adaptação Psicológica (α = 0,77) e um questionário sociodemográfico. Foi encontrada uma relação negativa entre adaptação psicológica e busca de sentido (R = -0,53, p0,001) e positiva com presença de sentido (R = 0,35, p = 0,022). Sobre os dados sociodemográficos, não foi encontrada correlação entre adaptação psicológica e tempo de moradia no Brasil (R = -0,24, p = 0,128). Implicações teóricas e práticas são discutidas.