2017
DOI: 10.1590/2175-623661127
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Raça, História e Educação no Brasil e em Portugal: desafios e perspectivas

Abstract: -Race, History, and Education in Brazil and in Portugal: challenges and perspectives. This article proposes a dialogue between the political and academic debates on race, identity, and history in the Brazilian and Portuguese contexts. In order to do so, it examines the myth of racial democracy (as it was known in Brazil) and the idea of a national vocation for interculturality in Portugal to explore how they shape the contemporary debate on racism and Eurocentrism, as well its evasion, focusing on education -w… Show more

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“…But what is truly remarkable in this text is the absolute absence of any identification of the Portuguese or Portugal with this trade: the chosen word is "Iberian" (or "European"). This fact is even more telling if one is knowledgeable about how the Portuguese sense of national identity is constructed on the pioneering role of the nation in European maritime voyages (João 2017;Peralta 2015), as well as on a strong sense of opposition to an overall Spanish identity (Pereira and Araújo 2017). It could be argued that the historical facts in the text are truthful, which they are.…”
Section: The Lagos Slave Route Permanent Exhibitionmentioning
confidence: 99%
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“…But what is truly remarkable in this text is the absolute absence of any identification of the Portuguese or Portugal with this trade: the chosen word is "Iberian" (or "European"). This fact is even more telling if one is knowledgeable about how the Portuguese sense of national identity is constructed on the pioneering role of the nation in European maritime voyages (João 2017;Peralta 2015), as well as on a strong sense of opposition to an overall Spanish identity (Pereira and Araújo 2017). It could be argued that the historical facts in the text are truthful, which they are.…”
Section: The Lagos Slave Route Permanent Exhibitionmentioning
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“…2 In the History Galleries of the National Museum of African American History and Culture (NMAAHC) in Washington, DC, Portugal takes first place among all the European slavetrading nations in terms of the number of enslaved Africans transported across the Atlantic to the Ameri cas for over four centuries. But Portugal's massive role in the transatlantic slave trade is not prominently featured in Portuguese school textbooks and school curricula (Araújo and Maeso 2011;Pereira and Araújo 2017;Torgal 1988). This aphasia (Stoler 2011) is essential to the self-conceptualization by the Portuguese of their colonial rule as benign.…”
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“…Por outras palavras, poderá referir-se que se trata de um passo fundamental para efetivação dos de ação subscritos no âmbito da Década Internacional de Afrodescendentes, nomeadamente o reconhecimento de múltiplas formas de racismo institucional e estrutural, e através de práticas de reparação éticas e perdão público de injustiças históricas e crimes contra a humanidade, nomeadamente no âmbito curricular, de modo que as futuras gerações possam aprender acerca e com estes fatos históricos e os seus legados contemporâneos. Na escola pública, que em Portugal é frequentada por todas as classes sociais, é ainda transmitida uma narrativa que apresenta o colonialismo português como um processo benévolo para os povos colonizados (PEREIRA; ARAÚJO, 2017). Estas características que definiam então o colonizador português como benévolo, cosmopolita e capaz de fortalecer relações com os povos colonizados subsiste no imaginário das políticas públicas portuguesas e no currículo escolar oficial (CARDOSO, 1998;PEREIRA;ARAÚJO, 2017) nomeadamente numa ausência de políticas educativas específicas para combater o racismo na sociedade em geral, e nos contextos educativos em particular.…”
Section: Educacão Cultura Política E Reconhecimentounclassified
“…Na escola pública, que em Portugal é frequentada por todas as classes sociais, é ainda transmitida uma narrativa que apresenta o colonialismo português como um processo benévolo para os povos colonizados (PEREIRA; ARAÚJO, 2017). Estas características que definiam então o colonizador português como benévolo, cosmopolita e capaz de fortalecer relações com os povos colonizados subsiste no imaginário das políticas públicas portuguesas e no currículo escolar oficial (CARDOSO, 1998;PEREIRA;ARAÚJO, 2017) nomeadamente numa ausência de políticas educativas específicas para combater o racismo na sociedade em geral, e nos contextos educativos em particular. Simultaneamente, o currículo oficial apresenta uma narrativa apolítica dos tempos da escravatura, tráfico de escravos, e colonialismo.…”
Section: Educacão Cultura Política E Reconhecimentounclassified
“…Essa narrativa, que se manteve largamente inquestionada depois da revolução de 1974 (Cf. Pereira & Araújo, 2017), é contradita pela irrupção de comunidades historicamente marginalizadas no espaço público. Este processo tem vindo a acontecer desde 2016 através da crescente visibilidade da comunidade afrodescendente, particularmente na região de Lisboa (Henriques, 2016;Ba & Roldão, 2017).…”
Section: Introductionunclassified