Abordamos a multiplicidade do fazer agroecológico como contribuição à mitigação de problemas socioambientais contemporâneos. Especificamente, trazemos como objeto empírico comunidades ecológicas, as ecovilas, pautando impasses e possibilidades em seus aspectos políticos, econômicos e organizacionais a partir das agroecologias emancipadoras de Giraldo e Rosset (2021). Debatemos experiências de quatro ecovilas, objeto de pesquisa e publicações anteriores, situando-as entre orientações agroecológicas de cunhos reformista e emancipadoras, evidenciando práticas emancipadoras baseadas em intercâmbios com territórios e setores populares, ideais de autossuficiência e gestão compartilhada. Mesmo submetidas a impasses e condições que fogem a interesses e controle internos, como aspectos político-institucional hegemônicos, ações para a preservação e regeneração dos ecossistemas emergem nas ecovilas em meio a relações solidárias para a mitigação/superação de problemas da vida contemporânea.