Objetivo: discutir sobre o impacto biopsicossocial causado nas crianças devido às medidas de distanciamento e o isolamento social, impostas com o intuito de diminuir a transmissão do novo coronavírus, já relatados na literatura. Metodologia: realizou-se consultas nos bancos de dados da SCIELO, MEDLINE e PUBMED, utilizando os descritores “children”, “social isolation”, “psychosocial” e “covid-19”, com publicações no período de 2019 a 2020. Ao final das buscas, 15 publicações foram selecionadas para compor o estudo. Resultados e Discussão: Observou-se que durante o período de isolamento e distanciamento sociais, as crianças e os adolescentes ficaram mais propensos a desenvolver estresse crônico e agudo, ansiedade, depressão, distúrbios do sono e do apetite, irritabilidade, medo, insegurança e prejuízo nas interações sociais. Os grupos infantis mais vulneráveis, como os jovens que apresentam TEA e TDAH, também sofreram com as mudanças provocadas pela pandemia, apresentando alterações comportamentais. Conclusão: A população infantil está sujeita a sofrer implicações biopsicossociais com as medidas de isolamento social, sendo importante a criação de medidas que visem auxiliar a saúde mental das crianças e dos adolescentes nesse período conturbado.