Rastreamento de violência contra pessoas idosas: associação com estresse percebido e sintomas depressivos em idosos hospitalizados

Abstract

Resumo Objetivo Avaliar a prevalência e fatores associados à violência em idosos hospitalizados. Método Estudo transversal realizado com 100 idosos internados. Aplicaram-se os instrumentos: H-S/EAST, Escala de Estresse Percebido e Escala de Depressão Geriátrica. Utilizou-se análise descritiva para a caracterização sociodemográfica e clínica. Para associar a idade ao H-S/EAST foi utilizado o teste de Mann-Whitney; estresse percebido com o H-S/EAST foi utilizado o teste T, e sintomas depressivos com o H-S/EAST foi utilizado o teste da Razão Verossimilhança. Resultados A média de idade dos idosos foi 70,39 e 56,0%, houve risco aumentado para violação de direitos pessoais, características de vulnerabilidade e situações potencialmente abusivas. Os fatores associados ao risco aumentado para violação de direitos pessoais ou abuso direto nos idosos foram maior idade, apresentar estresse percebido e ter sintomas de depressão leve a severa. Conclusão e implicação para a prática Esses resultados mostram, portanto, a importância da observação atenta do idoso por parte do enfermeiro para permitir a identificação do risco para violência ou violação de direitos. O que possibilita estabelecer ações preventivas, coordenadas com a participação dos demais profissionais bem como o encaminhamento correto de cada situação, cumprimento do dever legal da profissão e do papel cidadão.

Uso de instrumentos assistenciais pelo enfermeiro no rastreio de sintomas depressivos em idosos

“…Outro ponto considerável faz jus a abordagem multidimensional proposta pelos enfermeiros nos artigos, permitindo a associação entre os sintomas depressivos e outras condições importantes a este público como a resiliência, capacidade funcional, qualidade de vida, estado nutricional, ocorrência de violência domiciliar e autoestima do idoso (Antequera et al, 2020;Araújo et al, 2017;Didoné et al, 2020).…”

Análise do risco direto e indireto de violência intrafamiliar contra pessoas idosas

“…The results of the study showed that, even in the absence of disease and need for care, 99.8% of the older people in the survey have recently suffered violence directly or indirectly, and 88.8% are at increasing risk, with a score of three or more according to the HS/EAST instrument, to suffer some type of violence. Using the same assessment instrument, a study carried out in the North 16 and another in the Southeast 17 of Brazil, found a prevalence of violence of 52% and 56%, respectively. In a study with a cohort of 3,159 Chinese older people, a prevalence of 15.8% was found 18 .…”

A Integralidade Comprometida Da Pessoa Idosa Frente À Situação De Violência Durante a Pandemia De Covid-19

“…Estudos apontam que o idoso requer cuidados e atenção pelos seus familiares ou cuidadores (ANTEQUERA et al, 2021). O isolamento social causado pela pandemia de COVID-19 traz consigo fragilidades que afetam seriamente a saúde mental dos idosos, causando sentimentos de solidão, ansiedade, depressão e insônia (MORAES; MARQUES; RIBEIRO; SOUZA, 2020).…”

“…O isolamento social causado pela pandemia de COVID-19 traz consigo fragilidades que afetam seriamente a saúde mental dos idosos, causando sentimentos de solidão, ansiedade, depressão e insônia (MORAES; MARQUES; RIBEIRO; SOUZA, 2020). Desse modo, por conta das fragilidades que a pessoa idosa possui, sobretudo durante a pandemia, a família é o seu maior abrigo e, por conta disso, seus familiares e/ou cuidadores não ofertam à atenção que eles necessitam e pode se tornar o agressor/violador através de violência física, psicológica, dentre outros meios (ANTEQUERA et al, 2021).…”

“…Diferente do que ocorre em muitos países desenvolvidos, o aumento da população idosa brasileira é progressivo e rápido, o que aponta novos desafios para o setor de saúde, devido à mudança do perfil epidemiológico do país. A carga de limitações físicas e cognitivas decorrentes da senilidade e senescência bem como os conflitos intergeracionais que esses indivíduos possam vivenciar aumentam sua vulnerabilidade às enfermidades sociais, dentre as quais, destaca-se a violência (ANTEQUERA et al, 2021).…”