Este artigo discute a questão da curadoria compartilhada na docência como uma prática coletiva de discentes/docentes, provocadora de sentidos e seus efeitos, para desacostumar noções estereotipadas sobre o processo pedagógico e seus disciplinares componentes curriculares. A partir do referencial metodológico da pesquisa narrativa, apresenta um projeto expositivo de arte contemporânea produzido por estudantes de Pedagogia, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 2018. Indica as possibilidades de deslocamento dos espaços tradicionais para se aprender com e sobre arte, a escola e o museu, expandindo seus limites para as redes sociais, como também o exercício das funções artísticas de escolha e legitimação da produção artística contemporânea. Evidencia as possibilidades e potencialidades que a arte contemporânea produzida por mulheres pode ter para a formação e repertório cultural das estudantes. Conclui que a prática de curadoria compartilhada oferece meios alternativos para a produção do conhecimento, desarranjando uma noção de arte como atividade livre, autônoma, de um indivíduo superdotado, impulsionado por seus sentimentos sob a influência de prévios artistas, independente do manifesto jogo das variáveis classe, raça, gênero.