A Brucelose canina é uma doença antropozoonótica que tem como agente etiológico a Brucella canis, bactéria gram-negativa, classificada como rugosa. Possui distribuição mundial e acomete, preferencialmente, canídeos, embora não tenha especificidade. Dentre os sinais clínicos relatados em machos estão a epididimite e a orquite, nas fêmeas, o aborto e a redução da eficiência reprodutiva estão relacionados com a infecção. O diagnóstico é complexo e indica-se utilização de várias técnicas, devido ao fato dessa doença não possuir sinais patognomônicos e teste único padrão. Portanto utiliza-se o isolamento por hemocultura, e as técnicas sorológicas, Soro-aglutinação Rápida e Soro-aglutinação Lenta (SAR e SAL), para triagem dos animais suspeitos e a Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA) como teste definitivo. O diagnóstico diferencial é importante devido ao fato que infecções por diversos agentes causam sinais clínicos relacionados à redução dos índices reprodutivos, como por exemplo: Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Lepstopira spp e Herpesvírus canino tipo 1. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, mas muitos animais tornam-se fonte de infecção, pois a B. canis parasita o interior das células comprometendo a atuação do fármaco e a debelação do agente. Indica-se castração e tratamento constante em animais de companhia e eutanásia em animais de canis. A prevenção é baseada em medidas sanitárias, levantamento sorológico, isolamento das fêmeas, desinfecção das instalações e eliminação dos positivos.