Conditional validity of the equilibrium in the General Theory of Keynes. It discusses that the equilibrium in Economics, as a method of analysis, has a conditional utility, when it is not necessary its association with ideal situations and with a constancy of structural parameters of the system. Keynes (1936) appears as an example of a good utilization of that method, for he doesn't link it with notions of social optimum or with a necessary system's structural stability.Keywords: equilibrium; social optimum; structural change; Keynes. JEL Classification: B40; E12.
INTRODUçÃOÉ vasta a literatura econômica heterodoxa que busca abolição do uso do equilíbrio como método de análise na Economia 1 . Em geral, essa literatura também faz uma crítica aos elementos do mainstream 2 , em especial às correntes teóricas neoclássica, novo-clássica e novo-keynesiana. Todavia, existe uma confusão sobre essas diferentes dimensões. É preciso deixar claro que o equilíbrio pode dizer respeito a uma metodologia específica de análise, usada por muitas teorias econômi-cas, não necessariamente ligadas ao mainstream. A crítica feita a este último, por Kaldor (1972), Robinson (1980) e Nelson e Winter (1982) para efeitos da discussão sobre o equilíbrio e sua eventual rejeição.2 O chamado mainstream, enquanto corrente hegemônica na Economia, sofreu diversas modificações no tempo. Todavia, atualmente, uma boa descrição dessa "corrente principal" pode ser feita pela aná-lise de modelos representativos neoclássico, novo-clássico e novo-keynesiano. Conforme alude Mollo (2004), por adotar em algum grau a neutralidade da moeda, essas correntes poderiam ser agrupadas como pertencendo à ortodoxia econômica.