“…Na cirurgia de cabeça e pescoço, em geral, escolhe-se o retalho miocutâneo do músculo peitoral maior, como nos casos 1 e 2, quando há a necessidade de ressecções amplas, em decorrência de sua espessura e por permitir ilha de pele de grande diâmetro (14) (Figura 5). Nesse contexto, é interessante acrescentar que as possibilidades de retalhos que podem ser usados para cirurgias de reconstrução são: a) o retalho microcirúrgico, primeira opção para a maioria dos casos por oferecer tecido bem vascularizado para preenchimento, suporte e isolamen-to de estruturas ósseas, evitando complicações de alta morbimortalidade, sendo sua maior desvantagem o seu alto custo, gerado pela necessidade de equipe médica completa e treinada, análises patológicas repetidas e tempo cirúrgico prolongado (7,14) ; b) retalho local, utilizado para defeitos menores e sem estruturas nobres expostas (15) ; c) retalho miocutâneo, com aspectos técnicos simples e de alta versatilidade, pode ser utilizado quando há ressecções extensas, podendo-se aproveitar tecido dos músculos peitoral maior e grande dorsal (14,16) ; d) retalhos fasciocutâneos, como o supraclavicular e o Bakamjian, que apresentam bom arco de rotação, promovendo cobertura satisfatória, além de terem cor e textura semelhantes à região receptora (17) .…”