. Inicialmente proposta no câncer de cólon esquerdo obstrutivo, esse procedimento tem sido amplamente empregado em pacientes submetidos a ressecções colônicas em caráter de urgência, principalmente quando há elevado risco de fístula da anastomose, dificuldade técnica, instabilidade hemodinâmica ou peritonite fecal 2,3 . Os pacientes submetidos à operação de Hartmann são geralmente pacientes graves, com comorbidades importantes, sepse abdominal ou com outras condições locais inadequadas para a anastomose primári-as [4][5][6] . Por causa disso, estima-se que apenas 30% a 60% dos pacientes submetidos a esse procedimento são encaminhados para a reconstrução do trânsito intestinal 7,8 . Um estudo recente mostrou que dos 85 pacientes submetidos à operação de Hartmann, 14 faleceram no pós-operatório (16%) 1 . Além disso, sete pacientes faleceram antes da reversão da colostomia ser considerada, 20 pacientes tinham co-morbidades que contra-indicaram a reconstrução do trân-sito intestinal e nove apresentavam câncer residual. No total, apenas 27 pacientes (32%) foram submetidos a uma tentativa de reversão do trânsito intestinal 1 . Isso exemplifica o fato de que a colostomia à Hartmann é realizada em pacientes com condições clínicas ruins ou com doença tumoral mais avançada, resultando em altas taxas de morbimortalidade tanto na operação de ressecção e confecção da colostomia à Hartmann, quanto na tentativa de reversão da colostomia.As taxas de morbidade da operação de reconstrução do trânsito intestinal após procedimento de Hartmann variam entre 10% e 50%, e as de mortalidade chegam até 28% 7,8 . Além disso, aproximadamente um terço dos pacientes submetidos à operação de Hartmann permanecem com colostomia permanente, como mencionado, seja pelo