A educação sexual é um tabu nas escolas. Não se fala diretamente, porém é extremamente presente no cotidiano escolar. Oficialmente no Brasil temos a Educação Sexual como um tema transversal previso nos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1996 e, durante a ascendência conservadora no governo federal, a sua omissão dos principais dispositivos legais deste período (entre 2016 a 2022). Nas escolas a Educação Sexual tem sido introduzida pelo viés biológico, higienista e advinda, principalmente, de projetos da área da Saúde. Iremos trazer neste artigo um relato de atividade formativa com estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola da região metropolitana do Rio Grande do Sul utilizando a Caderneta de Saúde do/a Adolescente. Para tanto, realizaremos uma pesquisa qualitativa utilizando o relato de experiência, a análise documental embasadas na epistemologia feminista e nos estudos de gênero. Como resultados apontamos para a necessidade de maior aprofundamento teórico, não apenas das/os profissionais da educação, mas como de toda a sociedade, sobre a essencialidade do caráter cultural, histórico e social da Educação Sexual bem como do caráter interno da Pedagogia da Sexualidade da escola.