RESUMO INTRODUÇÃO:A prática do profissional da saúde mental ao cuidar de um paciente com comportamento suicida envolve certo nível de mobilização e estresse. Isso acentua-se ainda mais quando se trata de crianças e adolescentes. Nessa situação, o manejo torna-se ainda mais difícil e delicado e exigirá dos profissionais, habilidade técnica para o atendimento. OBJETIVO: Investigar os sentidos atribuídos à atenção e manejo do sofrimento psíquico presente no comportamento suicida em crianças, adolescentes e suas famílias, na perspectiva dos profissionais de saúde do SUS.MÉTODOS: O desenho da pesquisa foi construído a partir da abordagem qualitativa por meio da técnica de Grupos Focais com profissionais da saúde do SUS. A pesquisa foi aprovada no comitê de ética, sob o registro de nº CAAE 40675920.0.0000.55.44. Os dados foram analisados com base na Teoria de Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no Cotidiano. RESULTADOS: Na análise, três categorias foram elencadas: 1) Aspectos emocionais na relação profissional-usuário; 2) (Des) Cuidado e Autocuidado dos profissionais da saúde mental e 3) Luto, categoria escrita em formato de artigo. A pesquisa revelou a lacuna existente no processo formativo dos profissionais da saúde no que tange aos temas ligados à morte, luto e suicídio e a ausência de práticas de autocuidado no acompanhamento dos casos. DISCUSSÃO: A partir dos dados coletados, evidenciou-se a complexidade do vínculo terapêutico no manejo dos casos de comportamento suicida infantojuvenil, levando os profissionais a lidar com temas tabus, como morte, suicidio e suicídio em crianças e adolescentes CONCLUSÃO: Os achados apontam para a necessidade de formação técnica dos profissionais da saúde sobre a temática do suicídio, como também a oferta de ações de acolhimento e apoio aos trabalhadores envolvidos no cuidado a esse público.