Introdução: Os jovens sofrem constantemente com pressões impostas pela sociedade, uma delas é o padrão corporal, reforçada diariamente pelas mídias e redes sociais. Isso acaba impactando diretamente na forma como esse jovem se vê, na sua aceitação corporal e nas escolhas alimentares, com potencial risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TAs). Objetivo: Identificar a influência das redes sociais no comportamento alimentar e aceitação da imagem corporal, relacionado com o índice de massa corporal dos estudantes de um centro universitário particular de Foz do Iguaçu-PR. Materiais e Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, de caráter observacional e natureza quantitativa. Para coleta de dados foram aplicados questionários sociodemográficos, EAT-26 e SATAQ-4 e realizadas análises estatísticas com o BioEstat 5.0. Participaram da pesquisa 211 acadêmicos, 64,24% do sexo feminino e 29,38% do sexo masculino. Resultados: Entre os principais resultados constatou-se que a pressão da mídia, sobre a percepção corporal desses universitários, é maior que a pressão da família e amigos (p. 0,0001); o maior impacto sobre o sexo feminino foi para o corpo magro (md= 15,15; ±5,59; p. 0,006) e o masculino para o corpo atlético (md= 16,98; ±5,07; p. 0,0004); o maior risco para o desenvolvimento de transtorno alimentar foi em mulheres (n= 44; 84,60%; p. 0,0025) dos cursos da área da saúde (n= 34; 65,40%; p. 0,0249). Conclusão: O impacto causado pela mídia na percepção e aceitação corporal dos universitários se fez presente, evidenciando insatisfação corporal e influenciando escolhas alimentares. Mulheres foram as mais suscetíveis a essas pressões e, mesmo em sua maioria estando em eutrofia, apresentaram maior risco de desenvolver transtorno alimentar. Entre os homens, a pressão da mídia foi significativa na manutenção do corpo atlético.