Este estudo avaliou os preditores da dependência tabágica e o modo como as representações do tabaco contribuem para as variáveis sócio-cognitivas na cessação tabágica. Participaram no estudo 224 fumadores. Os resultados revelaram que ter menos idade, ser do sexo masculino, ter doença respiratória, fumar mais cigarros por dia, ter um parceiro que fuma, menor qualidade de vida mental e mais morbilidade psicológica foram preditores de maior dependência tabágica. Por sua vez, mais idade, menor compreensão, representações emocionais mais ameaçadoras e parceiro não fumar revelaram-se preditores da intenção; menor compreensão, representações cognitivas mais ameaçadoras e parceiro não fumar previram as atitudes face ao comportamento deixar de fumar; mais idade, representações emocionais e cognitivas mais ameaçadoras e parceiro não fumar previram as crenças de comportamento em relação a deixar de fumar; representações emocionais mais ameaçadoras e parceiro não fumar previram as normas subjetivas; representações cognitivas menos ameaçadoras e parceiro não fumar previram o controlo comportamental percebido; mais idade, parceiro não fumar e representações emocionais mais ameaçadoras previram as crenças normativas/controlo. As representações emocionais e cognitivas mais ameaçadoras e ser do sexo masculino, foram os preditores do planeamento do coping/ação. Este estudo enfatiza a importância das representações do tabaco nos programas de cessação tabágica.Palavras-chave: Dependência nicotínica, Representações do tabaco, Teoria do comportamento planeado.