Referências e referenciais para o ensino do Basquete 3x3 da Educação Física escolar

Abstract

Em 2021, por ocasião dos XXXII Jogos Olímpicos, o Basquete 3x3 (B3x3) estreou como esporte olímpico. Destarte, o objetivo deste ensaio é apresentar argumentos, referenciais e referências para ensinar o B3x3 da Educação Física Escolar (EFE). A partir dos referenciais da Pedagogia do Esporte (PE) e de diferentes facilitadores, refletimos e indicamos a possibilidade de problematizar a gênese, desenvolvimento, os fundamentos e ações técnico-táticas do B3x3, os valores ético-morais do Esporte e a criação, junto aos estudantes, de normas e condutas para a prática do B3x3 da EFE de modo crítico, não limitando à reprodução do esporte olímpico na escola. Consideramos que a partir dos referenciais da PE, o B3x3 da EFE possibilita vivências e diálogos com outras práticas corporais e a problematização de questões sociais que podem contribuir com uma formação positiva, crítico-reflexiva e ampla de estudantes mediante a prática do B3x3.

Skateboarding: Fundamentos E Reflexões Iniciais Acerca Do Processo De Ensino, Vivência E Aprendizagem

“…Ainda tratando mais especificamente do Basquete de rua, acredita-se que houve algumas tentativas de institucionalização da sua prática por parte de algumas organizações, como no caso da Central Única das Favelas (CUFA). A organização brasileira incluiu o Basquete de Rua no "Hútuz Rap Festival" e criou a "Liga Brasileira de Baquete de Rua" (LIBBRA), competição que pos-teriormente se tornou a "Liga Internacional de Basquete de Rua" (LIBRA) (BRASIL et al, 2018;BRASIL;PAES, 2022).. Além desta movimentação envolvendo uma prática esportiva oriunda do Basquetebol tradicional, como aconteceu no Brasil, foi desenvolvido na Espanha um projeto envolvendo o jogo reduzido do Basquetebol e outras disputas, que foi nomeado de nome "Tribasket". Este "projeto" era destinado aos jovens e consistia em competições de arremessos, habilidades e disputas entre equipes compostas de um a três atletas progressivamente, ou seja, eram realizados de um contra um, dois contra dois e três contra três (BRASIL; PAES, 2022).…”

“…Com o desenvolvimento das práticas pedagógicas e da própria modalidade, a adoção de novas tendências como ferramentas de trabalho, auxiliam os profissionais a sistematizar, organizar e aplicar conceitos nas aulas/treinos a partir de três pilares: técnico-tático; socioeducativo; histórico-cultural (BRASIL;SCAGLIA, 2019;BRASIL;PAES, 2022). Estes modelos fazem alusão a fundamentos técnicos e princípios táticos do jogo, além de proporcionar um ambiente favorável ao surgimento de reflexões a respeito de comportamentos e valores que podem ser propagados ou influenciados pela vivência esportiva, e ainda favorecem um entendimento sobre a história de evolução dos esportes, podendo, por exemplo, tratar de questões como o impacto gerado pela atuação da mídia no meio esportivo e como se deram as alterações nas regras do jogo ao longo do tempo.…”