Em dezembro do ano de 2008, por força da lei nº 11.892, foram criados no Brasil os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, inaugurando um novo capítulo da educação profissional no país. Assim, este artigo tem por objetivo analisar o processo de concepção desta nova estrutura, usando como estudo de caso a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG). Para tal, foi utilizado como metodologia a pesquisa bibliográfica, que permitiu a construção de um arcabouço teórico, e a pesquisa documental, procurando por meio de leis, decretos e depoimentos, identificar a conjuntura e discussões que levaram à efetivação da lei nº 11.892. Além disso, foram colhidos alguns depoimentos de pessoas que estiveram diretamente ligadas ao processo de criação do IFMG, como forma de sustentar as análises documentais. A proposta com o texto em tela é explorar as possibilidades de realização de pesquisas em História da Educação no tempo presente, analisando as permanências e rupturas na estrutura das instituições no contexto de sua (re)criação, haja visto que estas instituições fazem parte de uma história mais ampla da educação para o trabalho, de tradição para além de centenária em nosso país.