Reflexões sobre o desenvolvimento da Luta Marajoara nas aulas de Educação Física: uma revisão integrativa

Abstract

Este estudo teve como objetivo discutir sobre o desenvolvimento da Luta Marajoara nas aulas de Educação Física. Este trabalho caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura. O levantamento de dados aconteceu a partir das bases Scielo, Lilacs e Google Scholar, mediante utilização dos descritores: “Luta Marajoara AND Educação Física”, “Luta Marajoara AND Educação Básica” e “Luta Marajoara AND Escola”. Os resultados apontam que o desenvolvimento desta prática corporal nas aulas de Educação Física é pouco efetivada, pois a formação inicial de professores de Educação Física não apresenta subsídios suficientes para que eles possam se apropriar desta temática de maneira efetiva. Todavia, o desenvolvimento da BNCC apresenta esta prática ao contexto escolar, despertando a curiosidade para a compreensão desta prática corporal. Deste modo, podemos concluir que o professor deve possuir uma formação que propicie a compreensão de metodologias que ampliem a aprendizagem dos alunos sobre os aspectos sociais, culturais e motores da Luta Marajoara, facilitando o conhecimento dos alunos sobre esta prática corporal e quebrando estereótipos relacionados ao desenvolvimento das lutas nas aulas de Educação Física.

Tematização da Luta Marajoara nas aulas de educação física escolar

“…Destacamos que a Luta Marajoara foi propagada, por muito tempo, de maneira oral, ficando restrita ao estado do Pará, fato que dificultou sua eclosão a demais regiões brasileiras MILLEN NETO, 2022). Lima et al (2022) destacam que a formação de professores voltada para a Luta Marajoara não apresenta subsídios suficientes para que se possa ministrar aulas desta prática corporal na Educação Básica, desencadeando a construção de estereótipos e sua exclusão do currículo. Santos e Freitas (2018) perceberam a ausência desse conhecimento ao analisarem as práticas pedagógicas dos professores do município de Soure (PA), assim como Santos, Gomes e Freitas (2020) identificaram que esse tema não consta na proposta curricular do curso de licenciatura em Educação Física de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública da região norte do Brasil, dificultando a emancipação dos saberes relacionados a essa prática dentro do próprio estado.…”