“…Träsel (2018) aponta também a necessidade de diferenciar entre as notícias falsificadas, que seriam os relatos sem base factual, produzidos com a intenção de enganar o leitor, e os equívocos jornalísticos, que seriam erros não-intencionais, decorrentes de incompetência, da manipulação das fontes, ou de vieses cognitivos. Uma perspectiva complementar, apontada pelo mesmo autor e também presente nos trabalhos de diversos outros autores brasileiros (por exemplo, MASSUCHIN et al, 2021;SAAD, 2021;SEIBT;FONSECA, 2019) seria a diferenciação proposta por Wardle e Derakhshan (2017) em termos de veracidade do conteúdo e intencionalidade dos criadores (ou disseminadores) das peças informativas, que resulta em três modalidades de desinformação e seus subtipos 6. A esse conjunto, Recuero e Soares adicionaram a especificidade da propaganda, que diz respeito ao "uso da desinformação como "arma", como estratégia política e de guerrilha" (2021, p. 6).…”