“…Além disso, o setor público, em comparação ao setor privado de trabalho, se mostra um espaço importante de discussão pelas suas características organizacionais e sua função social. Sua estrutura burocrática é, muitas vezes, vista como rígida e centralizada (Bertolin, Zwick, & Brito, 2013), fazendo com que as demandas sociais sejam incorporadas de maneira lenta e incompleta -alvo, inclusive, de pressões por reformas, muitas vezes com exageros (Secchi, Farranha, Rodrigues, Bergue, & Medeiros-Costa., 2021 Na literatura sociológica, as ocupações surgem como um desdobramento da teoria das classes sociais, de maneira que se dá mais atenção às ramificações das atividades profissionais ao longo do desenvolvimento capitalista (Abbott, 1988;Gonçalves, 2007;Kalleberg & Mown, 2018). Neste trabalho, porém, a análise das ocupações será realizada pelo ponto de vista da organização, no caso o Estado, e não do indivíduo, de maneira que as ocupações refletem quais são os recursos humanos disponíveis para que o poder público possa atuar e como isso se alterou entre 2003 e 2018.…”