O presente artigo pretende contribuir com o entendimento de como as dinâmicas próprias do tempo histórico moderno e da temporalidade histórica atualista, diagnosticada contemporaneamente, intensificam as possibilidades da reprodução de experiências traumáticas e reduzem drasticamente a possibilidade da experiência do luto, ainda mais imprescindível em tempos de catástrofe pandêmica. A intensão é realizar essa reflexão a partir de uma interlocução entre estudos no âmbito da teoria da história e da psicanálise. Mediante à reflexão sobre essas dinâmicas histórico-temporais hegemônicas, pretende-se apontar e favorecer a emergência de outras formas de abertura para a articulação das experiências da historicidade, capazes de dar voz à diferença, assim como à corpos e afetos disruptivos.