Relação Entre a Diástase Do Músculo Reto Abdominal E a Contração Dos Músculos Do Assoalho Pélvico De Puérperas

Abstract

Devido a existência do sinergismo e co-contração da musculatura do abdome e da musculatura do assoalho pélvico (MAP), especula-se que uma alteração na parede abdominal pode estar associada a eficácia da MAP. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre diástase do músculo reto abdominal (DMRA) supra- e infraumbilical com a contração da MAP de mulheres no pós-parto imediato. Este é um estudo transversal que incluiu 60 puérperas de baixo risco, assistidas nas enfermarias de uma maternidade. A DMRA foi avaliada pela palpação abdominal e graduada conforme a quantidade de polpas digitais. A contração da MAP foi feita através da inspeção visual. A análise de dados foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A correlação das variáveis foi demonstrada pelo teste de Spearman, com nível de significância em p

Intervenções Fisioterapêuticas No Tratamento Da Diástase Abdominal Em Mulheres No Puerpério

“…Na gestação ocorrem diversas alterações no organismo das gestantes, muitas vezes decorrentes de mudanças hormonais, como alterações no sistema respiratório, circulatório, urinário, digestivo, e nervoso, além do músculo esquelético 3 . À medida que a gestação evolui, a ação dos hormônios como relaxina, progesterona e estrogênio 4 , são dispostos nos tecidos conjuntivos e podem influenciar em vários aspectos, causando alterações biomecânicas no crescimento uterino, podendo acarretar no afastamento da musculatura abdominal (diástase dos músculos reto abdominais) 5 . É necessário que ocorra um crescimento do útero no decorrer da gravidez, isso ocasiona um alongamento dos músculos do abdômen, gerando um distanciamento das duas faixas musculares que anteriormente eram próximas.…”

“…Quando se trata do cenário avaliativo novas pesquisas apresentam como método o paquímetro, instrumento de medida de precisão, simples, de baixo custo e objetivo, que se defende fidedigno para mensuração da distância da diástase abdominal 10 . Estima-se que de 27 a 100% 4,11 das gestantes que são obesas, multíparas, com casos de macrossomia fetal, estreitamento da pelve ou flacidez da musculatura abdominal desenvolvem a Diástase a partir da 35 a semana, e no período de pós parto a prevalência é de 30 a 68% 11 . De acordo com Leite e Araújo 12 a diástase supra umbilical (DSU) associada a umbilical (DU) se mostram mais incidentes com 59%, na sequência com 23% dos casos se encontra a diástase supra umbilical em conjunto com a umbilical e infra umbilical.…”