A poluição sonora, diferentemente dos outros tipos de poluição, não deixa traços visíveis de sua influência no ambiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o indivíduo exposto ao ritmo de vida intenso, horas de sono reduzidas, trânsito, indústria e tantas fontes de ruído somadas aos diversos outros fatores (período, condições gerais de saúde, idade e acústica do ambiente) podem produzir efeitos nocivos na saúde. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar a prevalência das queixas auditivas de diminuição auditiva, zumbido, otalgia, sensação de plenitude auricular, desconforto a sons intensos e dificuldade de compreensão de fala na população feminina não exposta a ruído. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, realizado na cidade de João Pessoa/PB, com a participação de 539 mulheres, que não apresentavam exposição a ruído ocupacional. Foi realizada uma média ponderada, a fim de atribuir maior importância aos efeitos referidos como mais frequentes, considerando os seguintes pesos: 1 – nunca, 2 – raramente, 3 – às vezes, 4 – frequentemente, 5 – sempre. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley. As queixas auditivas mais referidas como percebidas “sempre” foram as queixas de incômodo a sons intensos (20,59%) e zumbido (2,41%). Já em relação à frequência “nunca”, destacaram-se as queixas de zumbido (43,04%) e otalgia (42,12%). Conclui-se que as queixas auditivas mais prevalentes entre as mulheres foram incômodo a sons intensos e dificuldade de compreensão de fala.