Relação entre o nível de atividade física e seus reflexos na saúde mental e na qualidade de vida da população durante a pandemia de COVID-19

Abstract

A diminuição dos níveis de atividade física, o aumento do estresse e a queda no convívio social estão diretamente relacionadas à redução da qualidade de vida. O objetivo do presente estudo foi verificar se o nível de atividade física afeta a qualidade de vida de adultos durante a pandemia da Covid-19. Foi realizado um estudo descritivo em indivíduos de ambos os gêneros, sendo aplicados três questionários, um que avalia o nível de atividade física (IPAQ), o outro que analisa a percepção subjetiva da qualidade de vida (WHOQOL) e um terceiro, que avalia a percepção do efeito da pandemia na qualidade de vida. Foi visto que 46,16% dos participantes eram pouco ativos; aproximadamente 65% relataram piora na saúde mental e na qualidade de vida, sendo observadas alterações nos domínios físico, ambiental e social. Não foi possível relacionar a prática de atividade física com altos índices de qualidade de vida, mas observa-se que a pandemia influenciou negativamente a saúde mental e a qualidade de vida da população. Fazem-se necessários novos estudos e novas análises para melhor compreender essa relação entre a qualidade de vida e a atividade física em um cenário de pandemia.

Como a pandemia pela COVID-19 impactou nos atendimentos urgentes de traumas odontológicos em um hospital público de referência: Um estudo retrospectivo

“…As causas dos traumas sofreram mudanças significativas entre 2019 e 2020. Houve uma diminuição nos acidentes esportivos durante a pandemia, possivelmente devido ao isolamento social que levou muitas pessoas a interromperem a prática de esportes (Leão et al, 2022). Outros estudos realizados durante a pandemia corroboram essa conclusão, destacando a redução na prática de esportes ao ar livre como um fator associado à diminuição dos acidentes esportivos no período (Ribeiro et al, 2020).…”

Avaliação da mudança de hábitos alimentares e da adesão à prática de atividade física entre os jovens universitários durante a pandemia da Covid-19: um estudo transversal, 2022

“…Por exemplo, o confinamento pode estimular mudanças comportamentais nos indivíduos, favorecendo a adoção de um estilo de vida sedentário e com maus hábitos alimentares (Ruíz-Roso et al, 2020). Sabe-se que esses comportamentos, somados ao aumento do estresse e à queda do convívio social podem impactar severamente na redução da qualidade de vida do indivíduo (Leão et al, 2022). Os jovens universitários são um grupo de destaque para essa análise, visto que a atividade física e a alimentação balanceada promovem interfaces entre as dimensões física, cognitiva e psicossocial do indivíduo, contribuindo para o êxito no desempenho acadêmico e cognitivo (Bertin, 2016;Da Silva Lima, 2020).…”