Relações entre funções executivas e TDAH em crianças e adolescentes: Uma revisão sistemática

Benefícios Do Diagnóstico Precoce Do Transtorno Do Espectro Autista E Do Transtorno Do Déficit De Atenção E Hiperatividade: Uma Revisão Sistemática

“…De acordo com esses critérios, para o diagnóstico, é necessário que pelo menos seis ou mais sintomas de desatenção e/ou seis ou mais sintomas de hiperatividade e impulsividade estejam presentes por, no mínimo, seis meses em crianças de até 17 anos, afetando negativamente a vida do indivíduo e manifestando-se em pelo menos dois contextos sociais distintos. 16 No estudo de Donizetti 17 Os distúrbios do neurodesenvolvimento têm suas raízes em diversas causas, incluindo origens genéticas, tais como mutações gênicas, alterações congênitas, histórico familiar de desordens afetivas, esquizofrenia, desordens antissociais, hiperatividade, déficit de atenção e isolamento. Aspectos biológicos, como prematuridade, desnutrição, baixo peso ao nascer e lesões cerebrais, também desempenham um papel significativo.…”

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças: uma revisão bibliográfica

“…A hiperatividade se traduz em movimentos estereotipados, sendo um empecilho para o paciente permanecer em um mesmo local por um longo tempo. Com relação à impulsividade, a criança poderá ter reações e respostas imediatas, além da dificuldade de esperar a sua vez, acarretando limitações principalmente no ambiente escolar (Souza et al, 2021). Somado a isso, temos que as crianças com TDAH tem prejuízo no que se refere às habilidades envolvidas pelas funções cognitivas, sendo estas subdivididas em quentes e frias.…”

“…Ademais, o autocontrole, a memória de trabalho e a flexibilidade cognitiva estão prejudicados na criança com TDAH, já que são aspectos relacionados com essas áreas cerebrais. Tais fatores embasam comportamentos disfuncionais, como insuficiente desempenho escolar, envolvimento em conflitos interpessoais e uso e abuso de substâncias psicoativas, já na vida adulta (Souza et al, 2021).…”

“…Objetivando-se minimizar os danos causados pelo transtorno ao longo do tempo, faz-se necessário um diagnóstico precoce e efetivo, feito de modo multidisciplinar e baseado nos critérios estabelecidos no DSM-V da Associação Psiquiátrica Americana e na Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento (CID-10) da Organização Mundial da Saúde. De acordo com ambos critérios, a fim de que o diagnóstico seja realizado, pelo menos seis ou mais dos sintomas de desatenção, seis ou mais sintomas de hiperatividade e impulsividade devem estar presentes, por pelo menos 6 meses, em crianças de até 17 anos, impactando de forma negativa e direta na vida do indivíduo, se destacando ao mesmo tempo em pelo menos dois ambientes sociais (Souza et al, 2021).…”

“…Dessa forma, se uma das áreas do córtex pré-frontal, envolvidas neste controle sofre alguma alteração ou um tipo de dano, como ocorre no TDAH, isso pode acarretar em déficit das funções executivas (FE) por exemplo, responsáveis pelo controle das ações, pensamentos, planejamento, raciocínio flexível, atenção concentrada, inibição comportamental e emoções (Souza et al, 2021). Outros aspectos passíveis de serem abordados no que tange as crianças que possuem TDAH, como destacado pelo DSM-V, são as dificuldades no desempenho escolar, a rejeição social, os conflitos interpessoais e outros fatores marcantes que podem vir a ocorrer, resultando, em muitos casos, como contribuintes para futuros transtornos psicossociais, maior susceptibilidade à vícios e propensão a atitudes agressivas e de conflito na adolescência e na vida adulta.…”