Relações interespecíficas de cuidado no sistema de saúde convencional brasileiro: uma análise antropológica sobre a dinâmica da zooterapia

Abstract

IntroduçãoAo abordar o tema da relação interespecífica entre homem e animal como caminho para a saúde e o bem estar físico e mental humano, convém melhor definirmos o objeto. O termo zooterapia 2 refere-se a toda prática terapêutica de cuidado à saúde humana que envolva um animal como coadjuvante no processo de tratamento ou cura.Nossa atenção estará voltada, então, para as atividades que contam com a participação do animal vivo em interação com um terapeuta humano e com a/as pessoas assistidas. (Costa Neto, 1999; 2006; Neto, 2004). A utilização medicinal do animal, seja na forma de matéria-prima ou como 'terapeutas', tem o objetivo de tratar e prevenir doenças e enfermidades nos seres humanos. O termo zooterapia pode referir-se também à terapêutica para os animais, ou seja, às doenças que acometem os animais, Seu correlato, no campo da medicina veterinária, denomina-se etno veterinária.

When the Animal is the Therapist: Interspecies Practices in Human Care

“…Non-human actions thus become circumscribed in a field of intentionalities and become activators of human actions during the course of the therapeutic session. Animals must perform a range of actions and abilities that, even as they generate representations about the animal, also generate other actions in humans (Teixeira, 2016). Moreover, as we can see in Table 2, the same actions performed by different animals --such as vocalization --do not have the same meaning among humans.…”

Efeitos da terapia assistida por animais na qualidade de vida de idosos com síndrome demencial

“…Research, Society andDevelopment, v. 11, n. 8, e25711830864, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30864 3 No Brasil, a utilização de animais no tratamento de doenças em humanos se iniciou na década de 50, com a médica psiquiatra Nise da Silveira em um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro. Animais como cães, gatos, pássaros, coelhos e cavalos podem ser utilizados na TAA com indivíduos de todas as idades e com as mais variadas patologias (Friedman & Krause-Parello, 2018;Nogueira & Nobre, 2015;Swall et al, 2017;Teixeira, 2016). Atualmente, hospitais públicos, clínicas geriátricas e centros de atenção psicossocial (CAPS) brasileiros desenvolvem a terapia com animais para diferentes populações (Teixeira, 2016).…”

“…Animais como cães, gatos, pássaros, coelhos e cavalos podem ser utilizados na TAA com indivíduos de todas as idades e com as mais variadas patologias (Friedman & Krause-Parello, 2018;Nogueira & Nobre, 2015;Swall et al, 2017;Teixeira, 2016). Atualmente, hospitais públicos, clínicas geriátricas e centros de atenção psicossocial (CAPS) brasileiros desenvolvem a terapia com animais para diferentes populações (Teixeira, 2016).…”

“…Teixeira (2016) ao utilizar a TAA notou melhora na QV no domínio psicológico, aumentando a sensação de segurança, reduzindo níveis de estresse e a ansiedade. Outros autores ao lançarem mão desta terapia demostraram melhora nos domínios emocional e social, aumentando as habilidades de interação, e no domínio físico, estimulando a prática de atividade física e a capacidade motora (Friedman & Krause-Parello, 2018;Nogueira & Nobre, 2015;Teixeira, 2016). Acredita-se que a TAA possa trazer benefícios em vários aspectos da QV dos idosos com demência, e é neste contexto, que o presente estudo objetivou descrever os achados de publicações, abordando os aspectos relacionados a mudanças na QV de idosos com síndrome demencial que participaram da TAA aplicada por profissionais de saúde.…”

Terapia Assistida por Animais: Novas Possibilidades para um cuidar em Psicologia / Animal Assisted Therapy: New Possibilities for Psychological Care

“…Nos Estados Unidos aconteceu o primeiro registro do uso da TAA voltado para o campo da saúde, o mesmo foi feito pela enfermeira Florence Nightingele na metade do século XIX quando ela relatou em seu livro(TEIXEIRA, 2016). Complementa Nightingale, (1860, p. 103) a dizer que "um pequeno animal de estimação é muitas vezes um excelente companheiro para os doentes, por longos casos crônicos especialmente".…”