Migrantes mianmarenses em busca de refúgio têm crescido numericamente desde o aumento da pressão governamental violenta em 2021. Contudo, antes disso, o grupo minoritário étnico-racial rohingya já era considerado perseguido enquanto população civil. Esse grupo étnico-racial foi historicamente marginalizada por serem muçulmanos – em um país majoritariamente budista. As mulheres rohingya se tornaram refugiadas e são reiteradamente subjugadas, tanto pela sua condição enquanto minoria étnico-racial quanto por seu gênero. O objetivo geral deste trabalho é discutir sobre o processo político-religioso de Mianmar para a atual situação das mulheres rohingya. O problema desta pesquisa é: sob a lógica da teoria construtivista das Relações Internacionais, como as vidas das mulheres rohingya em Mianmar foram afetadas pelo nacionalismo budista e o racismo no país? A metodologia se baseia em estudo de caso, a partir de revisão bibliográfica. As conclusões apontam que mulheres refugiadas rohingya sofrem violências e são vítimas de diversos abusos por sua condição tanto em território nacional quanto em Bangladesh – país fronteiriço à Mianmar.