A vacinação no Brasil teve o seu marco histórico com a Revolta da Vacina em 1904. O cenário de rejeição à imunização foi o resultado de uma instauração compulsória e agressiva das vacinas. Em 2016 ocorreu um declínio considerável da cobertura vacinal com o advento das “Fake News”. Acredita-se que este fato esteja relacionado ao reaparecimento de epidemias, como a do sarampo, que já haviam sido erradicadas graças à vacinação. Este artigo tem a finalidade de apresentar a influência dos movimentos contra a vacinação no retorno do sarampo por meio de uma análise literária. Para isto foram realizadas buscas pelos termos “sarampo” “vacinas” “fake news” nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Foram selecionados os artigos que tratavam da temática e que haviam sido publicados nos últimos sete anos. Por conseguinte, os artigos relataram que o sarampo é uma patologia viral e febril grave, entretanto a mesma pode ser evitada através da vacinação. No Brasil a vacinação contra sarampo e outras doenças é compulsória por lei desde 1975. Contudo, com o aumento da adesão dos grupos antivacinacionistas, que usam motivos filosóficos, religiosos e medo das possíveis reações adversas, os pais deixaram de vacinar os seus filhos resultando assim, na reincidência da doença. Esses grupos contra a vacinação utilizam as redes sociais para veicular informações sem embasamento científico que se propagam com facilidade, prejudicando a adesão à vacinação. Conclui-se que a revolta devido a obrigatoriedade da imunização somado a inexistência de fiscalização sobre os conteúdos propagados na internet contribuem para que Fakes News sejam compartilhadas e prejudiquem a ampliação da cobertura vacinal.