<p>Os compostos quinônicos, em sua grande parte, são gerados na fração extrativos das madeiras, em um sistema biológico complexo e variável. Por não fazerem parte da parede celular, eles recebem o nome de compostos secundários. Na literatura tem indicações de uso em diversos segmentos, que vão desde a indústria alimentícia até a indústria farmacêutica. Dentro da área de utilização industrial da madeira, eles são pouco desejáveis, visto que são tratados apenas como substâncias acidentais nas cadeias produtoras de celulose, papel, carvão vegetal e serraria. Apesar de sua pouca quantidade em relação aos outros compostos químicos chamados de fundamentais, essas substâncias vem recebendo atenção especial dos pesquisadores, revelando uma gama diversificada de ofertas para o mercado de produtos têxteis, fármacos, corantes, polímeros e outros compostos. As quinonas são encontradas em fungos, liquens e, em sua grande maioria, nos vegetais superiores. A <em>Tectona grandis</em>, vulgarmente conhecida como teca, é capaz de biossintetizar antraquinonas, composto quinônico, que lhe confere resistência natural. Esta espécie fornece madeira bastante valorizada no setor moveleiro, podendo também ser explorado os seus metabólitos, tanto para suprir o mercado em compostos quinônicos de uso comercial como para desenvolvimento de novas tecnologias, agregando valor aos plantios dessa espécie dentro do nosso País.</p>