Title in Portuguese: Caracterização dos níveis de fecundidade no Brasil, 1970-2010Abstract: We analyze the 1970, 1980, 1991, 2000, and 2010 Brazilian Demographic Censuses, in order to investigate the associated factors with a woman having had a live birth during the year prior to each census. We estimated logistic regression models for women aged 10–49 years. As independent variables, we selected region of residence, rural/urban location, presence of electricity, color/race, religion, marital status, labor market participation, time of residence in the municipality, information about whether they had a stillbirth, age, education, and parity. Our findings confirm that the probability a woman had a child is higher in the North and Northeast regions, as well as in households without electricity. Women that have a greater chance of having had a child are black/brown, Catholic, married, non-labor market participants, short-term migrants, experienced a stillbirth, between 20–29 years of age, have less education, and have higher parity. Patterns have been changing throughout time, thus posing questions for further analyses.Resumo: Analisamos os Censos Demográficos do Brasil de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010, com o objetivo de investigar os fatores associados com a mulher ter tido filho nascido vivo no ano anterior ao censo. Estimamos modelos de regressão logística para mulheres entre 10 e 49 anos. Como variáveis independentes, selecionamos região de residência, localidade rural/urbana, presença de eletricidade, cor/raça, religião, estado conjugal, participação no mercado de trabalho, tempo de residência no município, informação se a mulher teve um filho nascido morto, idade, educação e parturição. Nos resultados confirmam que a probabilidade da mulher ter tido um filho é maior nas regiões Norte e Nordeste, assim como em domicílios com eletricidade. Mulheres que tiveram maior chance de ter tido um filho são pretas/pardas, católicas, casadas, não participantes no mercado de trabalho, migrantes no curto prazo, tiveram filho nascido morto, estão entre 20 e 29 anos de idade, possuem baixa escolaridade e possuem mais filhos. Os padrões têm mudado ao longo do tempo, levantando importantes questões para análises futuras.