Religião, vida e sociedade: breve estudo a partir de Bergson e Freud

Abstract

Resumo: O artigo visa a indagar em que medida a religiosidade, observada a partir de seu contexto originário, seria um dos meios encontrados pela civilização para abafar impulsos humanos primários tendentes à desagregação social e moral. A despeito dessa tentativa de controle, questiona-se o quanto tais impulsos ditos primitivos prevalecem em nossa constituição biológica, psíquica e social, de modo a justificarem comportamentos aberrantes tão comuns em nossa época. Tomam-se por base as ideias de Henri Bergson, presentes no segundo capítulo d’As duas fontes da moral e da religião, intitulado “A religião estática”, em cotejo aos argumentos de Sigmund Freud, apresentados, sobretudo, em O futuro de uma ilusão e Totem e tabu. Apesar da aproximação com as ciências sociais, segue-se a hipótese de que o livro de Bergson nutre um diálogo mais fecundo com a teoria freudiana, no que tange à compreensão da religiosidade dita primitiva em oposição, ou não, à civilizada.

Freud’s View on the Origin of Religion and Its Criticism According to ‘Aql and Naql

“…Taheri (2011) in an article entitled Investigation and Criticism of the Theory of the Origin of Religion from Freud's Point of View has tried to criticize Freud's view based on Islamic principles, arguing that Freud's theory, in addition to conflicting with religious propositions, is also inconsistent with rational principles, and his theory cannot be considered acceptable, but, his criticisms are not complete and he mostly deals with the Islamic criticism of Freud's theory. Some other research to study Freud's thinking about religion was conducted by Monteiro (2021), Malony (2021), Kistner (2021), and Goldhill (2021).…”